A depressão é, portanto, uma doença afetiva ou do humor, não é simplesmente estar "mau" ou de "baixo astral" temporário. Também não é sinal de fraqueza, de falta de pensamentos positivos ou uma condição que possa ser superada apenas pela força de vontade ou com esforço. As pessoas com doença depressiva não podem, simplesmente, melhorar por conta própria e através dos pensamentos favoráveis, conhecendo pessoas novas, viajando, passeando ou tirando férias. Sem tratamento adequado e intenso, os sintomas podem durar semanas, meses ou anos.
A depressão, de um modo geral, resulta numa inibição global da pessoa, afeta a parte psíquica e as funções principais da mente, como a memória, o raciocínio, a criatividade, a vontade, o amor e o sexo, além de comprometer também a parte física. Enfim, tudo parece ser difícil, problemático e cansativo para o deprimido.
Do ponto de vista clínico, seria simples e muito mais fácil se a depressão fosse caracterizada, única e exclusivamente, por um rebaixamento do humor com manifestação de tristeza, choro, abatimento moral, desinteresse e tudo aquilo que todos sabemos que uma pessoa deprimida é capaz de apresentar.
Desta forma, até os amigos, os pais ou mesmo o companheiro(a) poderiam identifica-la. A parte mais difícil e trabalhosa da psiquiatria está no diagnóstico dos muitos casos de depressão atípica, característica ou mascaradas, bem como, perceber traços depressivos em outras patologias emocionais como, por exemplo, nos casos de pânico, fobia, etc.
A sintomatologia depressiva é muito variada e difere entre as pessoas. Para entendermos melhor essa diversidade de sintomas depressivos, vamos considerar que, entre as pessoas, a depressão seria como uma grande bebedeira, onde cada pessoa alcoolizada fica de um jeito: uns alegres, outros tristes, irritados, engraçados, lentos, desatentos, sendo que a única coisa que teriam em comum é o fato de terem ingerido uma grande quantidade de álcool.
Normalmente a depressão vem acompanhada de sintomas físicos como dores pelo corpo, tonturas, cólicas, falta de ar, palpitação, enjôo e emocionais: tristeza, angústia, ansiedade, medo, baixa de rendimento, e queda da libido, choro constante e apatia, dentre outros sintomas.
As festas de Final de Ano, são grandes potencializadores de emoção e podem, tanto desencadear um quadro depressivo nos indivíduos fragilizados emocionalmente, com agravar os sintomas naqueles que já convivem com a depressão. Parece estranho como festividades e suas expressões reconhecidamente felizes são capazes de “maltratar” as pessoas.
Todos nós já escutamos comentários negativos a respeito das festividades que compõem o calendário anual, mas o Natal e seus desdobramento afetivos como - reunião de família, prestígio entre as pessoas, expectativa dos presentes ( que compramos e vamos receber) , recordações da infância, os próprios enfeites de Natal, as nossas realizações e frustrações do ano, está no topo da lista das comemorações mais emocionantes do planeta.
Por conta disso, precisamos estar atentos a forma como estamos vendo e sentido as emoções que tomarão conta das cidades e lares nos próximos dias, pois nesta altura, já temos uma boa idéia de como iremos nos sair nesta festividade.
O Natal, e mesmo as comemorações do final de ano, precisam ser vividas com expectativas mais viáveis e uma programação que nos traga felicidade e sossego, não angústia e ansiedade a ponto de ficarmos exaustos e mal humorados.
O Natal, na realidade deveria ser o momento para pensamos em nos renovar, nos melhorar para o próximo ano, nos reeditar com mais bondade e generosidade e as festividades de Ano Novo a oportunidade de dizer adeus ao ano velho e bendizer seus bons momentos.
Feliz Natal!!!!
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