domingo, 27 de dezembro de 2009

sábado, 19 de dezembro de 2009

Matéria do globo repórter, um ensinamento!

Jovem reaprende a andar depois de perder os movimentos

Aos 14 anos, Messias de Oliveira ficou tetraplégico. Hoje ele ajuda na reabilitação de pessoas que sofreram o mesmo trauma.

É quase impossível passar pela Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, sem parar um pouquinho e apreciar a vista. Mas para o jovem auxiliar administrativo Messias de Oliveira parece um milagre ver a paisagem de pé e caminhando. Messias sempre gostou da natureza, da água. E foi o mergulho em um rio que marcou a vida dele, aos 14 anos.

“Eu só senti o impacto. Em alguns instantes, pensei que estivesse perdido no espaço, no escuro, até o momento em que abri os olhos na água. Eu falei: ‘Meu Deus, estou morrendo’”, lembra Messias.

Na hora, ele ficou tetraplégico. “Quando a minha prima me tirou, e eu estava às margens do rio, ela foi buscar ajuda. As pessoas que chegaram não sabiam o que estava acontecendo. Então, pegaram nas minhas pernas e braços e tentaram me levantar, só que eu não sentia meu corpo”, conta.

“Eu fiquei com a cabeça sã em um corpo relativamente morto. Isso é muito marcante”, diz ele.

Messias tinha o olhar restrito ao teto e aos corredores de hospitais, em uma cadeira de rodas ou deitado. Ele não se movia do pescoço para baixo. O adolescente cheio de energia agora dependia de ajuda para tudo.

“O pior momento foi a primeira vez em que eu o vi. Ele só mexia os olhos e perguntou ao médico se iria voltar a andar. O médico disse para ele nem se mexer muito porque a qualquer momento podia morrer", conta a irmã Verônica de Oliveira.

Foram seis meses de agonia, com um colar cervical sustentando a cabeça, até que outro médico acreditou nas chances de Messias.

Ele tinha fraturado quatro vértebras na altura do pescoço, e elas comprimiam a medula óssea, impedindo os movimentos. Por sorte, a medula não se rompeu. Em uma cirurgia, a posição das vértebras foi reconstituída com o auxílio de pinos e de uma placa de titânio.

“Ele teve uma lesão que comprimia a medula de forma severa, de modo que a cirurgia consistiu na descompressão da medula e no trabalho de reabilitação, que é fundamental nesses casos, sobretudo a recuperação e a determinação do paciente”, explicou o cirurgião Deusdeth Gomes do Nascimento.

Repetir, repetir, repetir. Imagine até oito horas por dia cinco vezes por semana. Essa foi a rotina de Messias durante anos. Como todos determinados a superar problemas assim, é claro que ele contou com a ajuda da medicina, mas também fez a parte que cabe a cada um: ter perseverança e acreditar nos resultados.

Messias começou a recuperar os movimentos logo depois da operação. Nove meses após o acidente, caminhava de novo. E queria mais!

“Eu passei muito tempo vendo o mundo pela metade. Quando comecei a perceber o quanto é importante acordar, olhar o céu, a natureza, exercitar a cidadania, observar os transportes, as barreiras que essas pessoas que ainda estão na cadeira enfrentam e lutar por isso, lutar por uma qualidade de vida melhor, sempre”, ressalta Messias.

Messias voltou a estudar. Durante um ano, treinou escrever com a mão esquerda e virou canhoto para compensar as limitações da mão direita. Hoje, trabalha na Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), onde foi tratado, e entrou para a faculdade. O aluno aplicado está se formando em psicologia neste mês.

“Ele gosta de trabalho perfeito. Então, para fazer trabalho com ele, as pessoas têm que se dedicar de verdade. Se não for se dedicar, não adianta fazer com ele”, conta a estudante Raquel Alonso.

“Nunca nós o vimos na sala reclamando de alguma coisa da vida, ou da aula, ou de situação financeira”, diz o estudante André Emílio Costa.

A turma acompanhou a evolução do colega para caminhar. Todos os dias, nos cinco anos de curso, o estudante Francisco Barros ajudou Messias a chegar até o ponto de ônibus.

“No início, ele tinha muita dificuldade de se locomover. Até nós chegarmos no ponto, parava várias vezes. Nós levávamos aproximadamente 25 minutos a meia hora”, lembra o estudante Francisco.

Uma amizade colocada à prova, em uma dessas noites.

“Duas pessoas que estavam em uma moto assaltaram uma menina bem na saída da faculdade e saíram com armas nas mãos dando tiros”, conta Francisco.

“Eu também estava com medo, mas o Francisco não podia ser atingido por minha culpa”, diz Messias.

“Ele disse para eu correr que ele ficava. Eu falei: ‘Messias, não vou correr. Vamos ficar nós dois. Se morrermos, morreremos juntos’”, brinca o amigo Francisco.

Juntos, chegaram ao fim do curso. E um com o outro aprenderam bem mais do que a profissão de psicólogo.

“Eu tinha o hábito de começar um curso e não dar continuidade. Comecei vários curso e não prossegui. Por várias vezes, me inspirei no Messias”, define Francisco.

O rapaz nascido e criado no interior de Pernambuco desconhece a palavra "impossível".

“Alguns até me chamaram de louco, perguntaram como eu ia cavalgar. Eu digo que é a minha paixão. Se eu não lutar por aquilo que me move, de que adianta viver?”, questiona Messias.

Pura paixão: pelos cavalos, pela vida. Foi como Messias reconquistou tudo o que parecia ter sido tirado dele. Em uma hípica ele reencontrou a infância, o que gostava de fazer quando menino. Retomou as rédeas da própria história.

Hoje mais maduro, ainda é como aquele jovem de 15 anos atrás, antes do mergulho, cheio de sonhos para realizar.

“É uma sensação incrível estar em cima de um cavalo”, conta ele.

O próximo passo é ajudar, como psicólogo, na reabilitação de pessoas que também enfrentam situações difíceis.

“Minha vontade era vê-lo andando, isso para mim já seria uma glória. Vê-lo se formando é uma emoção e tanto”, ressalta a irmã.

Emoção para todos os personagens desta história. O rapaz que reaprendeu a andar sabe que não teria conseguido nada sozinho.

“Eu acho que a verdadeira amizade nunca morre, nem quando a morte se faz presente. Onde nós estivermos, continuaremos. Nosso corpo é a matéria que, às vezes a gente dá tanto valor, que serve para alcançarmos objetivos terrestres. Mas nossa essência, nossa alma, é muito mais forte”, afirma Messias.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Dores nas pernas

Claudicação Intermitente

O que é claudicação intermitente?
É a dor que aparece geralmente na panturrilha (batata da perna) durante uma caminhada. Esta dor costuma desaparecer quando a pessoa pára de andar e descansa, retornando assim que a mesma volte a caminhar. A claudicação intermitente é um sintoma muito comum em quem têm problemas de circulação arterial nas pernas, e quanto mais curta for à distância percorrida até o seu surgimento, mais significativa é a doença circulatória.

O que causa a claudicação intermitente?
A claudicação intermitente acontece pela diminuição da circulação do sangue nas pernas, causada pelo “entupimento” progressivo dos vasos sanguíneos chamados de artérias. Esse entupimento ocorre, pelo aparecimento e crescimento de placas de gordura na parte interna das artérias (aterosclerose). Isso diminui o diâmetro interno das artérias e, assim, menos sangue e oxigênio conseguem chegar às pernas, o que causa a dor.

Quantas pessoas têm claudicação intermitente? Em que idade ela é mais freqüente?
Aproximadamente 5% das pessoas têm claudicação intermitente. Ela aparece principalmente entre os 55 e 60 anos de idade, por causa da aterosclerose. Porém, quando a claudicação intermitente aparece em pessoas mais jovens, isso pode ser um sinal de outras doenças menos comuns como a Tromboangeíte Obliterante (inflamação das artérias relacionada ao uso de cigarros), o entrelaçamento da artéria poplítea (alterações congênitas da musculatura da perna) e o cisto da artéria poplítea, entre outras.

O que pode aumentar a chance da pessoa ter claudicação intermitente?
Como uma das principais causas da claudicação intermitente é a aterosclerose, tudo aquilo que aumente a chance desta doença aparecer também aumentará o risco de claudicação intermitente. Entre os fatores de risco mais importantes podemos citar: o fumo, os altos níveis de colesterol e triglicérides (tipos de gorduras) e açúcar (diabete melito) no sangue, pressão alta (hipertensão arterial), idade acima de 45 anos para homens e de 55 anos para mulheres e história de morte súbita antes dos 55 anos para o pai e antes dos 65 anos para a mãe.

O que acontece com quem tem claudicação intermitente?
No início do problema e nos casos mais leves, a dor nas pernas costuma desaparecer quando a pessoa descansa ou diminui o esforço da caminhada. Com o passar do tempo, ela começa a sentir dor depois de andar cada vez menos (por exemplo, antes sentia dor após andar 300 metros e agora sente aos 150 metros), mas a dor ainda passa com o descanso. Depois disso, a dor continua mesmo no descanso e piora a noite, obrigando a pessoa a ficar com o pé para baixo ou “pendente” para sentir menos dor (deixando o pé para baixo, fica um pouco mais fácil do sangue chegar ao pé, e a dor tende a diminuir um pouco). Esse é um estágio já avançado da doença e necessita de tratamento endovascular ou cirúrgico. Nos casos mais graves, a falta de sangue e de oxigênio é tão grande que partes da perna ou do pé (no começo os dedos dos pés, depois podendo avançar para o ante-pé e o restante da perna) podem gangrenar se a pessoa não for tratada adequadamente.

Quais são os tipos de tratamento da claudicação intermitente?
Há vários tipos de tratamento, e a escolha vai depender da gravidade do problema e se a pessoa tem ou não outras doenças associadas. De qualquer forma, sempre é fundamental que o indivíduo (caso seja fumante) pare de fumar. Os casos mais leves são tratados com medicamentos que dilatam os vasos (assim, mais sangue e oxigênio passam), chamados de vaso-dilatadores. O colesterol e os triglicérides são tratados com medicamentos que diminuem seus níveis por exemplo as estatinas e ainda os que diminuem a tendência de formação de coágulos (por exemplo, inibidores da enzima de conversão) como o AAS.

Porque é bom caminhar mesmo tendo claudicação intermitente?
A caminhada é um dos exercícios mais benéficos e quase todos podem praticar. Quando ela é feita adequadamente e sob orientação médica, ajuda a aumentar a capacidade de funcionamento do coração, dos pulmões, e também dos músculos das pernas. A caminhada fortalece esses músculos, facilitando o bombeamento de sangue e a chegada de oxigênio para as pernas. Para aqueles que não praticam exercícios físicos e têm vida sedentária, recomenda-se que nos primeiros dias a caminhada seja “leve” e feita durante cerca de 10 minutos, no mínimo três vezes por semana.

Depois, pode-se aumentar progressivamente o tempo da caminhada (por exemplo, primeira semana = 10 minutos por dia; segunda semana = 15 minutos por dia, e assim sucessivamente até se atingir cerca de 30 minutos de caminhada por dia), durante pelo menos três vezes por semana. Lembrar que a caminhada, como qualquer outro exercício físico, não deve ser feita em jejum (por isso, sugere-se que a pessoa coma alguma coisa “leve” antes do exercício). Deve-se caminhar tranqüilamente, sem “exagerar”, pois o excesso de esforço físico também pode causar problemas de saúde. É importante dizer que, quando se interrompe esse ritmo semanal de caminhada, por qualquer que seja o motivo, a pessoa deve recomeçar (por exemplo, primeira semana = 10 minutos por dia, etc...), com calma e sempre com orientação do seu médico.

Quem tem claudicação intermitente pode ter outras doenças?
Sim, porque a causa principal da claudicação intermitente, a aterosclerose, pode afetar não somente a circulação do sangue nas pernas, mas também a de outros órgãos. Como exemplo mais grave temos a falta de circulação de sangue no cérebro (isquemia cerebral), infarto do coração e arritmias (o coração bate irregularmente), pressão alta e mal funcionamento dos rins, entre outros problemas.

É importante se exercitar!
Mesmo no dia-a-dia, você também pode se exercitar de uma forma fácil e leve. É só não exagerar! Por exemplo, em vez de você subir ou descer um andar de elevador ou de escada rolante, faça isso a pé pelas escadas (caso não haja contra-indicação médica). Vá à padaria ou ao jornaleiro perto da sua casa a pé em vez de usar o carro. O exercício ajuda também a perder peso, a controlar o problema de colesterol e também o diabete. Exercite-se e tenha uma vida mais saudável!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Depressão Contra o Natal!

A depressão é uma doença que afeta as pessoas de uma maneira voraz, comprometendo a parte física, o humor e o pensamento. Ela altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer em relação a vida. A depressão modifica a forma como a pessoa se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa e percebe as coisas.

A depressão é, portanto, uma doença afetiva ou do humor, não é simplesmente estar "mau" ou de "baixo astral" temporário. Também não é sinal de fraqueza, de falta de pensamentos positivos ou uma condição que possa ser superada apenas pela força de vontade ou com esforço. As pessoas com doença depressiva não podem, simplesmente, melhorar por conta própria e através dos pensamentos favoráveis, conhecendo pessoas novas, viajando, passeando ou tirando férias. Sem tratamento adequado e intenso, os sintomas podem durar semanas, meses ou anos.

A depressão, de um modo geral, resulta numa inibição global da pessoa, afeta a parte psíquica e as funções principais da mente, como a memória, o raciocínio, a criatividade, a vontade, o amor e o sexo, além de comprometer também a parte física. Enfim, tudo parece ser difícil, problemático e cansativo para o deprimido.

Do ponto de vista clínico, seria simples e muito mais fácil se a depressão fosse caracterizada, única e exclusivamente, por um rebaixamento do humor com manifestação de tristeza, choro, abatimento moral, desinteresse e tudo aquilo que todos sabemos que uma pessoa deprimida é capaz de apresentar.

Desta forma, até os amigos, os pais ou mesmo o companheiro(a) poderiam identifica-la. A parte mais difícil e trabalhosa da psiquiatria está no diagnóstico dos muitos casos de depressão atípica, característica ou mascaradas, bem como, perceber traços depressivos em outras patologias emocionais como, por exemplo, nos casos de pânico, fobia, etc.

A sintomatologia depressiva é muito variada e difere entre as pessoas. Para entendermos melhor essa diversidade de sintomas depressivos, vamos considerar que, entre as pessoas, a depressão seria como uma grande bebedeira, onde cada pessoa alcoolizada fica de um jeito: uns alegres, outros tristes, irritados, engraçados, lentos, desatentos, sendo que a única coisa que teriam em comum é o fato de terem ingerido uma grande quantidade de álcool.

Normalmente a depressão vem acompanhada de sintomas físicos como dores pelo corpo, tonturas, cólicas, falta de ar, palpitação, enjôo e emocionais: tristeza, angústia, ansiedade, medo, baixa de rendimento, e queda da libido, choro constante e apatia, dentre outros sintomas.

As festas de Final de Ano, são grandes potencializadores de emoção e podem, tanto desencadear um quadro depressivo nos indivíduos fragilizados emocionalmente, com agravar os sintomas naqueles que já convivem com a depressão. Parece estranho como festividades e suas expressões reconhecidamente felizes são capazes de “maltratar” as pessoas.

Todos nós já escutamos comentários negativos a respeito das festividades que compõem o calendário anual, mas o Natal e seus desdobramento afetivos como - reunião de família, prestígio entre as pessoas, expectativa dos presentes ( que compramos e vamos receber) , recordações da infância, os próprios enfeites de Natal, as nossas realizações e frustrações do ano, está no topo da lista das comemorações mais emocionantes do planeta.

Por conta disso, precisamos estar atentos a forma como estamos vendo e sentido as emoções que tomarão conta das cidades e lares nos próximos dias, pois nesta altura, já temos uma boa idéia de como iremos nos sair nesta festividade.

O Natal, e mesmo as comemorações do final de ano, precisam ser vividas com expectativas mais viáveis e uma programação que nos traga felicidade e sossego, não angústia e ansiedade a ponto de ficarmos exaustos e mal humorados.

O Natal, na realidade deveria ser o momento para pensamos em nos renovar, nos melhorar para o próximo ano, nos reeditar com mais bondade e generosidade e as festividades de Ano Novo a oportunidade de dizer adeus ao ano velho e bendizer seus bons momentos.

Feliz Natal!!!!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Trigger Points (Ponto gatilho ou nó)

Por volta do final da década de 20, um alemão chamado Max Lange descobriu que nos músculos podiam aparecer pontos sensíveis e que o tecido nesses pontos se apresentava mais rígido que os circundantes. Esses pontos foram batizados em 1948 pela doutora Janet Travell, médica da Casa Branca na gestão Kennedy. Ela os chamou de pontos-gatilho miofasciais e desenvolveu um método de tratamento usando injeções de solução salina nestes pontos. Mais tarde descobriu-se que era possível desativar os pontos-gatilho usando apenas a pressão direta sobre eles. Então, por definição, um ponto-gatilho é um local no músculo altamente irritável que se apresenta rígido à palpação e que produz dor, limitação na amplitude de alongamento, fraqueza sem atrofia e sem déficit neurológico.
Os pontos-gatilho são instalados num músculo toda vez que este for sobrecarregado e exigido além da sua capacidade de tolerância no momento. Uma vez instalado ele pode ficar em estado de latência por muito tempo, às vezes anos, até ser ativado. Para ativá-lo basta apenas que se some a ele uma situação de stress físico e/ou emocional e uma nova sobrecarga do músculo. Quando ativado ele produz um espasmo doloroso em algumas fibras do músculo. A situação se complica quando o sistema nervoso, recebendo o sinal de dor, intervém exigindo que o músculo se contraia, numa tentativa de defendê-lo. Esta nova contração sobre o espasmo doloroso produz mais dor. Fecha-se então um ciclo vicioso em que quanto mais dor for produzida pela contração, mais contração o sistema nervoso pede ao músculo. E o que começou com algumas fibras, logo envolve o músculo inteiro e até mesmo outros próximos, abrangendo toda uma região. Como exemplo disso temos então um torcicolo ou uma lombalgia.
Como tratá-los? Antes de mais nada é preciso localizar os pontos através da palpação. Então pressioná-los por mais ou menos dez segundos. Isto vai desativá-los. Pode ser bem doloroso, devendo por isso ser feito com calma e sensibilidade. Depois, deve-se alongar os músculos onde eles estavam instalados para devolver a eles sua extensão normal de alongamento.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O ESPORÃO DE CALCÂNEO




Como é sabido, os exercícios são fundamentais para o bem estar do ser humano. A máquina humana necessita de atividades físicas para manter o equilíbrio, harmonia e regulagem dos nossos vários sistemas e não raro somos obrigados por ordem médica a realizarmos caminhadas regulares, perder peso ou praticar alguma forma de exercício para mantermos o nosso equilíbrio.

Devido a isto estamos expostos às mais variadas doenças do aparelho locomotor, sejam atletas profissionais ou os chamados atletas de fins de semana e ainda pessoas que trabalham em pé ou andam muito por longos períodos.

Os nossos pés são o meio de contato com o solo, são responsáveis pela absorção do impacto e distribuição do nosso peso quando corremos ou mesmo durante a marcha normal. Durante o apoio do pé no solo nem toda a planta do pé mantêm contato com o chão, temos um triângulo com três pontos que dá sustentação durante a marcha, posteriormente o osso calcâneo, na inserção da fáscia plantar e 2 apoios na parte anterior do pé que são as cabeças do 1º e 5º metatarsos.

Um dos motivos mais frequentes de consultas ao cirurgião ortopedista é a dor no calcanhar. Pode ter várias causas, mas sem dúvida a causa mais frequente é o esporão de calcâneo, também conhecida como fascite plantar (FP).

A Fascite Plantar é a inflamação da fáscia plantar, uma estrutura fibrosa espessa localizada na planta do pé e se estende do osso do calcanhar em direção aos dedos.


É importante fazermos a distinção entre fascite plantar e o esporão de calcâneo. O esporão é um crescimento ósseo que ocorre no osso calcâneo e localiza-se adjacente à fascia plantar.

Antigamente um dos tratamentos era a resseçção cirúrgica do esporão e sabemos hoje que a presença ou ausência, bem como o tamanho do esporão plantar do calcâneo não é a causa da dor.


Pessoas com peso excessivo ou que necessitam trabalhar em pé ou andar por longos períodos são considerados de alto risco em apresentar a FP.

Alterações na formação do arco dos pés (queda ou acentuação do arco, conhecidos como pé chato ou pé plano) também são fatores causais da doença.

A queixa mais comum é a dor no calcanhar ao levantar-se no período da manhã e que melhora após algum tempo, dor intensa a tal ponto que o paciente tem que andar muitas vezes na ponta do pé.

De maneira geral o quadro clinico é crônico, com duração de vários meses e acompanhado por períodos variáveis de remissão expontânea.

Os exames de radiografias simples podem ou não mostrar um esporão ósseo, sendo a ultrassonografia um método importante de avaliação da integridade e qualidade da fáscia plantar.

O tratamento inicialmente é sempre conservador, isto é, medicação com antiinflamatórios, uso de palmilhas para absorção do impacto, fisioterapia com exercícios para alongamento da fáscia plantar. Deve-se suspender as atividades de corrida ou longas caminhadas e perder qualquer peso excessivo.

Em torno de 70% dos casos o tratamento conservador traz bons resultados e naqueles pacientes que não melhoram está indicado o tratamento cirúrgico, apesar dos resultados serem discutíveis.

A Medicina tem evoluído nos últimos tempos proporcionando novos métodos de tratamentos mais eficazes, menos invasivos e com menores riscos ao paciente.

É o caso da Terapia por Ondas de Choque Extracorpórea (foto do aparelho Epos Ultra), que chegou recentemente ao Brasil e está sendo ministrada por ortopedistas em algumas cidades como São Paulo, Brasília e Porto Alegre. Através de um aparelho fora do corpo humano, as ondas de choque são aplicadas no local da inflamação produzindo uma neovascularização com consequente reparação do tecido inflamado.

Ondas de choque são ondas mecânicas, acústicas e não tem relação com eletricidade e não emitem calor. O procedimento é realizado por um médico ortopedista, em 3 aplicações com intervalos semanais e duração em média de 45 minutos.

É uma alternativa ao tratamento cirúrgico, com 90% de bons resultados no tratamento da fascite plantar.Também está indicado nos pacientes que se submeteram à cirurgia e que continuam com os sintomas (30% dos casos).

Apresenta muitas vantagens com relação ao tratamento cirúrgico:

- método não invasivo, sem cicatrizes

- não requer internação hospitalar

- não necessita de anestesia, com eliminação dos riscos da cirurgia e anestesia

- não causa outros problemas possíveis decorrentes dos riscos cirúrgicos e anestésicos

- não é considerado doping

- recuperação num curto espaço de tempo

- não requer afastamento do trabalho

- não necessita preparo especial prévio.


Apresenta mínimos efeitos colaterais:

- desconforto local discreto durante a aplicação

- aparecimento de pequeno hematoma no local da aplicação que desaparece expontaneamente em 24 horas.


Contra-indicações em pacientes com:

- marca-passo cardíaco

- gestantes

- crianças

- pacientes com distúrbios de coagulação.


A terapia por ondas de choque é indicada para doenças do sistema osteomuscular tais como as calcificações no ombro, as epicondilites (cotovelo de tenista ou golfista) e pseudo-artroses (fraturas que não consolidam).

Durante o tratamento utiliza-se um aparelho de ultrassonografia que traz um "cross-hair" (mira), proporcionando durante todo o tempo da terapia a localização exata e on-line da área a ser tratada, com precisão exata do local inflamado e focando a onda de choque no ponto necessário da lesão.

O método é comprovadamente eficaz no meio médico internacional, sendo utilizado na Europa desde 1990 com bons resultados em torno de 90% dos casos. Aproximadamente 2,5 milhões de norte-americanos apresentam FP e estima-se que 1 milhão de brasileiros procuram os consultórios de ortopedia com os sintomas da doença.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Uma história sobre Alzheimer!

Sobre o Alzheimer
Roberto Goldkorn (psicólogo e escritor)

Meu pai está com Alzheimer.
Logo ele, que durante toda vida se dizia 'o Infalível'.
Logo ele, que um dia, ao tentar me ensinar matemática, disse que as minhas orelhas eram tão grandes que batiam no teto.
Logo ele que repetiu, ao longo desses 54 anos de convivência, o nome do músculo do pescoço que aprendeu quando tinha treze anos e que nunca mais esqueceu: esternocleidomastóideo.

O diagnóstico médico ainda não é conclusivo, mas, para mim, basta saber que ele esquece o meu nome, mal anda, toma líquidos de canudinho, não consegue terminar uma frase, nem controla mais suas funções fisiológicas, e tem os famosos delírios paranóicos comuns nas demências tipo Alzheimer.

Aliás, fico até mais tranqüilo diante do 'eu não sei ao certo' dos médicos; prefiro isso ao 'estou absolutamente certo de que....', frase que me dá arrepios.

E o que fazer... para evitarmos essas drogas?

Como?

Lendo muito, escrevendo, buscando a clareza das idéias, criando novos circuitos neurais que venham a substituir os afetados pela idade e pela vida 'bandida'.

Meu conselho:

- é para vocês não serem infalíveis como o meu pobre pai;
- não cheguem ao topo, nunca, pois dali só há um caminho: descer.
- Inventem novos desafios,
- façam palavras cruzadas,
- forcem a memória, não só com drogas (não nego a sua eficácia, principalmente as nootrópicas), mas correndo atrás dos vazios e lapsos.

Eu não sossego enquanto não lembro do nome de algum velho conhecido, ou de uma localidade onde estive há trinta anos.
Leiam e se empenhem em entender o que está escrito, e aprendam outra língua, mesmo aos sessenta anos.

Coloquem a palavra FELICIDADE no topo da sua lista de prioridades:

7 de cada 10 doentes nunca ligaram para essas 'bobagens' e viveram vidas medíocres e infelizes - muitos nem mesmo tinham consciência disso.

Mantenha-se interessado no mundo, nas pessoas, no futuro.

Invente novas receitas, experimente (não gosta de ir para a cozinha?
Hum... Preocupante).

Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal, pela felicidade.

Parodiando Maiakovski, que disse 'melhor morrer de vodca do que de tédio', eu digo: melhor morrer lutando o bom combate do que ter a personalidade roubada pelo Alzheimer.

Dicas para escapar do Alzheimer:

Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões.

Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que NEURÓBICA, a 'aeróbica dos neurônios', é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em seu cérebro.

Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso; limitam o cérebro.

Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios 'cerebrais' que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa.

O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional.

Tente fazer um teste:

- use o relógio de pulso no braço direito;
- escove os dentes com a mão contrária da de costume;
- ande pela casa de trás para frente; (vi na China o pessoal treinando isso num parque);
- vista-se de olhos fechados;
- estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- veja fotos de cabeça para baixo;
- veja as horas num espelho;
- faça um novo caminho para ir ao trabalho.


A proposta é mudar o comportamento rotineiro!

Tente, faça alguma coisa diferente com seu outro lado e estimule o seu cérebro.
Vale a pena tentar!
Que tal começar a praticar agora, trocando o mouse de lado?
Que tal começar agora enviando esta mensagem, usando o mouse com a mão esquerda?

FAÇA ESTE TESTE E PASSE ADIANTE PARA SEUS (SUAS) AMIGOS (AS).

'Critique menos, trabalhe mais.
E, não se esqueça nunca de agradecer!'

Sucesso para você!!!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Síndrome de West na Hidroterapia

Geralmente, na piscina aquecida, o espasmo permanece por um tempo, mas com o calor da água, a tendência da criança é relaxar e conseguir aos poucos uma extensão dos membros e da cabeça, mesmo que temporários. Após a hidroterapia, além da fisioterapia clínica, a criança pode passar a ter mais controle dos espasmos clônicos e conseguir um tônus próximo do normal para ficar em pé e aprender a caminhada. Este é um trabalho em longo prazo, onde ganha - se resultados gradativamente, com o equilíbrio da cabeça e do tronco.
O trabalho de Hidroterapia se dá de acordo com o desenvolvimento psicomotor da criança.
Em todo paciente com Síndrome de West precisa-se trabalhar primeiramente extensão de cabeça e de tronco, para que depois, então a criança seja estimulada a começar a rolar, arrastar, engatinhar, sentar, .. .Não podemos querer que ela engatinhe, sem que ela consiga fazer extensão cervical.

Síndrome De West
È uma doença congênita, do Sistema Nervoso Central, diagnosticada por características de epilepsia clônica, onde o bebê tende a flexionar a cabeça, enquanto, abre os braços e dobra os joelhos; posição promovida pelos espasmos musculares.
Também aparecem lesões no Eletroencéfalograma, exame de imagem que ajuda na topografia das lesões no diagnóstico da gravidade da lesão.
Incidência : Inicia-se quase sempre no primeiro ano de vida , principalmente entre os 4 e 7 meses de idade. O sexo masculino é o mais afetado , na proporção de 2 para 1.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Hidroterapia: Faixa úmida

Faixa úmida é um procedimento naturista, que faz parte da hidroterapia.

Consiste em colocar uma faixa gelada, torcida (para escorrer o excesso de água) no abdome, numa extensão que vai debaixo do peito até aonde começa a região pubiana.

Esta faixa deve ser abafada com outra, seca, ligeiramente maior, com a função de isolar a temperatura ambiente. E então é amarrada com uma atadura crepe, 15 cm de altura (claro que para bebês, deve ser mais estreita) com o cuidado de deixar os pés quentes, então calçar meias.

O tecido da água gelada, pode ser uma fralda dobrada em 4 ou uma toalha de rosto dobrada em duas, se preferir, qualquer outro tecido absorvente, nunca tecido sintético.

Já o tecido seco, além destes, pode ser também franelado, por exemplo.

A gelada deve estar bem colada, por isso, costumamos pedir para a pessoa murchar a barriga. O cuidado é não apertar demais, pois além de incômodo vai impedir que a pessoa possa respirar profundamente.

Pode ser usada a qualquer hora do dia, estando de estômago cheio ou vazio, não importa. A precaução é que não tome vento, nem banho ou mexer com água (molhar qualquer parte do corpo), meia hora antes, durante e até meia hora depois.

Mas pode beber água, almoçar, mexer o corpo e tudo mais.

Veja o que acontece:
Como acreditamos que toda doença começa nos intestinos e se este não está funcionando devidamente, embora se esforçando para isto, atritando e então, temperatura elevada e o PH ácido, devido ao esforço e toxinas acumuladas.

Com alta temperatura e excesso de acidez no sangue, as enzimas, sucos gástricos, etc., não são fabricados suficientemente e o processo de digestão fica falho, um caos para o organismo, pois as toxinas não vão ser eliminadas, pior, outras serão formadas.

Toxinas é sinônimo de doença (pus, furúnculo, catarro, câncer, gases, alergias, etc) e o organismo vai dando os alarmes como: febre, azia, gastrite,etc.
O eu a faixa úmida vai fazer?
Vai dar um choque térmico, aonde haverá uma reação nervosa e com isto, mudar a temperatura local e eliminar as toxinas.

Se o abdome está quente e é colocada uma faixa gelada na periferia, isto é, na pele, vai haver uma reação nervosa do corpo, vaso constrição; como o corpo tende a ter a mesma temperatura, o sangue vai correr para esquentar o que está muito frio. Para isto, vai sair de onde estava, quase parado, quente para circular com nova temperatura já que houve uma mistura de sangue quente e frio.

Para que haja melhor entendimento, lembre o que acontece quando cozinha. Só o fundo da panela entra em contato com o fogo, mas logo, a tampa terá a mesma temperatura.

Conclusão: o sangue que estava quase morto, parado, ressuscitou. Na medida que foi esquentar a periferia, mudou de temperatura, ficou mais frio, houve melhor circulação local. Só que, toda vez fez que acontece uma vaso constrição, logo em seguida, vem uma vaso dilatação, isto é, os poros se abrem e quem vai sair?

As toxinas! Fantástico, não?

Agora, sangue desintoxicado, sem febre, vai trabalhar devidamente e o organismo terá tudo que é necessário para uma boa digestão.

Você não pode esquecer de calçar as meias, porque se os pés estivem frios, o sangue vai ter que se dividir, entre esquentar o abdome ou os pés, nesta derivação, pode dá uma outra reação, as toxinas quererem sair de outra maneira, como numa gripe, por exemplo.

E agora você aprendeu que para cuidar de uma pessoa doente, não é necessário entender de farmacologia, anatomia, fisiologia, nem bioquímica complicada, mas entender de equilíbrio térmico e como saem as toxinas do corpo. Que claro, pode ser de outras maneiras…

Para que serve esta faixa?
Se todas as doenças são toxinas e podem ser puxadas assim, a faixa serve para tudo.

É imprescindível para quem tem gases, gastrite, prisão de ventre, febres, cólicas menstruais etc….

Com isto, todo o corpo agradece e eu também a você que gosta de assuntos como estes e me dar a oportunidade de lhe servir.

Por isso, as faixas devem ser lavadas com água e sabão, todas as vezes que forem usadas, já a atadura, não é necessário lavar toda vez, se não for usar para outra pessoa.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Hidroterapia uma visão fisioterapica e psicológica

Apartir de hoje vamos dar uma voltinha pela hidroterapia, mostrando seus vantangens em todas as aréas da fisioterapia e da psicologia.

Algumas vantagens da Hidroterapia:

Diminuição da descarga de peso;
Estabilização de articulações;
Propicia e ortostatismo e marcha;
Estimula equilíbrio e a coordenação;
Previne contraturas musculares deformidades;
Favorece o aumento das amplitudes de movimento direta e indiretamente;
Promove relaxamento muscular / diminuição do tônus;
Diminui edemas e favorece o retorno venoso;
Auxilia a ação de músculos fracos, favorecendo;
Aumenta a força muscular;
Propicia trabalho respiratório, aumentando a expansibilidade, favorece a expiração e aumenta a capacidade vital;
Estimula os movimentos;
Restabelece e estimula as reações de endireitamento;
Redução dos padrões centralizados dos movimentos, que são rotacionais;
Redução dos padrões recíprocos de movimentos;
Trabalha padrões funcionais de movimento;
Aumenta o condicionamento cardiovascular;
Oferece oportunidade à recreação e socialização.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A Psicologia e a síndrome de Down

A psicologia estuda fenômenos psíquicos e o comportamento humano pela observação, análise e avaliação de emoções, necessidades interiores e capacidade motora e intelectual.

Na síndrome de Down , o psicólogo pode atuar de diversas maneiras, como avaliar, fazer um acompanhamento psicológico, orientar a família em diversas situações, sendo que as intervenções poderão acontecer em diversos momentos.

Sabe-se que hoje a família é a principal influência para o desenvolvimento da personalidade da criança, sendo que relações “defeituosas” entre pais e filhos passam a ser uma fonte muito fértil de desajustamento. Em função disto, procura-se fazer um trabalho ligado a atendimento psicoterápicos com as crianças, adolescentes e famílias que freqüentam a associação.Os atendimentos são realizados em grupos e individualmente, visando o fortalecimento das relações familiares e o bem estar de cada aluno atendido.

OBJETIVOS

Acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos a fim de avaliar a necessidade de intervenção do mesmo.
Orientar professores quanto ao desenvolvimento dos alunos.
Incentivar a participação dos pais no processo de desenvolvimento de seus filhos.
Orientar/aconselhar pais ou responsáveis quanto ao desenvolvimento de seus filhos.
Encaminhar os alunos para atendimentos complementares, como: atendimentos clínicos, psicoterapia, psiquiatria e neurologia.
Participar de reuniões em escolas de Ensino Regular, realizando orientações aos profissionais destas escolas quando necessário.
Acompanhar alunos encaminhados para o Ensino Regular.
Realizar reavaliações dos alunos.
Participar de reuniões com a equipe de profissionais da escola, sempre que necessário.
Participar dos Conselhos de Classe e Reuniões de Pais.
Realizar Grupo de Pais ou responsáveis, promovendo maior envolvimento desses com a escola, convívio social, troca de experiências e trabalhar a auto-estima.
Inserção de pessoas com Síndrome de Down no mercado de trabalho.
Promover capacitações sobre temas relacionados a inclusão, nas escolas do Ensino Regular.
Realizar grupos com adolescentes e adultos com Síndrome de Down sobre temas específicos às suas necessidades.
da integrante utilizando-se dos pressuposto da psicologia analítica.

Fisioterapia e a Síndrome de Down

A avaliação inicial da criança com Síndrome de Down deve ser holística, sendo importante estar alerta aos problemas associados à síndrome, tais como hipotonia, redução da força muscular, hipermobilidade articular, pés planos, escoliose, alterações respiratórias, instabilidade atlânto-axial, doença cardíaca congênita, deficiências visual e auditiva, presença de doenças convulsivas. Com esses dados, o fisioterapeuta é capaz de analisar as necessidades de cada criança e de sua família, planejando orientações e intervenções apropriadas para cada situação.
O principal objetivo da fisioterapia é criar condições para explorar o potencial motor da criança, direcionando-a nas sucessivas etapas do desenvolvimento motor e auxiliá-la na aquisição de padrões essenciais e fundamentais do desenvolvimento, preparando-a para uma atividade motora subseqüente mais complexa. Os objetivos específicos são determinados de acordo com a faixa etária ou fase do desenvolvimento. Para alcançar esses objetivos são utilizados métodos que propiciarão maior independência, autoconfiança e ampliação da relação com o meio ambiente.
O objetivo da fisioterapia não é tentar igualar o desenvolvimento neuropsicomotor da criança com síndrome de Down ao de uma criança comum nem exigir da criança além do que ela é capaz, mas auxiliá-la a alcançar as etapas desse desenvolvimento da forma mais adequada possível, buscando a funcionalidade na realização das atividades diárias e na resolução de problemas.
A estimulação bem estruturada pode promover o desenvolvimento da criança, minimizando suas dificuldades e evidenciando a possibilidade de melhores respostas à experiência e adaptação a condições mutantes e a estímulos repetidos. A estimulação adequada torna consciente pra a criança os gestos da vida diária.
Os primeiros meses de vida são fundamentais para a estruturação de nossas potencialidades: as primeiras expressões do bebê são essencialmente motoras grande variedade de pequenos movimentos que fazem parte de um sistema complexo e organizado que irá influenciar no seu bem-estar, presente e futuro. Os primeiros movimentos são reflexos, porém, durante o seu desenvolvimento, a criança os refinará e os tornará mais precisos, reunindo todas as sensações motoras para chegar a gestos globais, tais como erguer a cabeça, sentar-se e ficar em pé.
A criança necessita de pré-requisitos para conseguir passar adequadamente para etapa seguinte do desenvolvimento neuropsicomotor, não se deve tentar pular fases para adiantar o processo, até mesmo porque a criança terá apenas prejuízos. De que adianta andar precocemente se ela é incapaz de se equilibrar ou manipular objetos de forma ordenada? A criança necessita de segurança e controle motor para avançar em seu desenvolvimento.
É importante ressaltar que cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, que deve ser percebido e respeitado. A deficiência não determina como será o desenvolvimento de ninguém. Cada síndrome tem suas próprias características e cada criança as apresentará de forma diferente. O que importa é respeitar a individualidade da criança e determinar a linha de tratamento a partir disso.
O Conceito Neuroevolutivo Bobath é um dos mais adequados ao tratamento das crianças com Síndrome de Down por estar de acordo com os objetivos do trabalho realizado com bebês. O trabalho de correção postural é realizado com crianças e adolescentes através de métodos ortopédicos e de reeducação postural global, como Iso-stretching e RPG.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Amigo


Amigo é aquele que

Beija você com

Carinho e que

Deseja com

Entusiasmo sua

Felicidade, e

Garante fidelidade para você.

Humilde é o amigo que

Independentemente de qualquer coisa

Joga tudo para o alto por você e

Larga mão de tudo que seja

Material e desnecessário,

Naturalmente para cumprir sua

Obrigação que é

Proteger a quem lhe protege, e

Querer bem a quem lhe quer bem.

Respeitar seu

Silêncio calado,

Transformando sua vida em uma

Unica motivação para

Viver.

Xeretando se preciso e

Zangando-se quando necessário.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Quais são as recomendações finais?



É sempre importante lembrar que a prevenção é o melhor remédio para qualquer doença, e nunca se esquecer que o diagnóstico precoce, o tratamento precoce e a atividade física são fatores que contribuem para a cura das doenças da coluna.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Exercìcio X Dor nas costas!


Quem tem dor nas costas pode realizar exercícios físicos?

É muito importante para quem apresenta um quadro de dor nas costas realizar alguma atividade física regularmente. O treinamento físico é uma excelente forma de tratamento. Além disso, se for feito com boa orientação, ensina o paciente quais as atividades e esportes pode realizar. A melhora depende muito da cooperação do paciente. Assim, as crises podem ser diminuídas, tornando-se cada vez mais leves. Geralmente os pacientes apresentam a musculatura das costas muito tensa e a do abdome flácida. Deve-se então alongar os músculos das costas e fortalecer os do abdome. A natação é uma atividade excelente, porém deve-se ter cuidados na escolha da modalidade a ser praticada.

Quais são os exercícios que podem ser realizados?

Abaixo estão alguns exercícios que podem ser realizados em casa após uma boa orientação:

Deitar de costas, dobrar as pernas e apoiar os pés no chão. Puxar o ar pelo nariz enchendo a barriga e soltar pela boca.

Deitar de costas, com as mãos apoiadas no chão ao lado do corpo. Dobrar as pernas e trazê-las para junto do corpo e depois voltar para a posição inicial.

Deitar de costas com os joelhos dobrados e pés apoiados no chão. Apoiar as mãos sobre os joelhos. Puxar o ar pelo nariz e levantar a cabeça e os ombros, deslizando as mãos sobre os joelhos. Voltar as mão sobre os joelhos. Soltar o ar descendo o corpo.

Deitar de costas com os joelhos dobrados e pés apoiados no chão. Apoiar a mão direita no joelho esquerdo. Puxar o ar pelo nariz e levantar o corpo nesta direção. Soltar o ar descendo o corpo. Repetir o movimento com o outro lado.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Como é a reabilitação do paciente com doenças na coluna vertebral?




A reabilitação consiste em orientações posturais e realização de atividades cotidianas. As orientações posturais são formas corretas de realizar atividades e são importantes para todas as pessoas, principalmente para as que sentem dor nas costas. Se realizadas corretamente podem ser importantes formas de prevenção.
• Trabalhando sentado: verificar se há recurso de ajuste de cadeira (encosto, base, altura). A mesa deve ficar na altura do cotovelo, não devendo ser muito baixa a ponto de curvar o corpo nem muito alta para que não levante muito os ombros. Não sente torto, procure se alinhar com o eixo da cadeira. Disponha os materiais que for utilizar na sua frente; evite torcer (rodar) o tronco ou virar muito o pescoço. Traga as tarefas para perto do corpo. Procure respeitar rigorosamente uma pausa (intervalo) a cada hora de trabalho, de preferência fazendo alguns alongamentos e relaxamentos da região mais tensa. Encoste bem na cadeira e leve-a junto da mesa para trabalhar.
• Deitar e levantar-se da cama: deite de lado, apoie sobre o cotovelo e a mão, coloque as pernas para fora da cama e sente-se.
• Dormir: de lado ou de barriga para cima. Não durma de bruços.
• Abrir gavetas: ao se inclinar procure apoiar com uma das mãos no móvel e puxar com a outra.
• Ao trabalhar na pia ou no tanque: use um avental para poder encostar a barriga. Além disso, procure colocar uma pequena caixa no chão para que possa apoiar um dos pés sobre ela.
• Ao varrer ou passar rodo não incline o corpo para frente; aumente o comprimento do cabo.
• Evite torções do tronco ou do pescoço: apanhar objetos atrás do corpo, segurar o telefone com os ombros.
• Para levantar cargas pesadas do chão, separe as pernas, dobre os joelhos, segure o objeto o mais perto possível do corpo e depois levante. Antes de pegar um objeto pesado, respire fundo e prenda a respiração.
• Divida o peso em ambos os lados do corpo, isto é, carregue um peso de cada lado do corpo (sacolas, malas). Os braços devem estar esticados e bem perto do corpo.
• Para carregar uma criança pequena no colo, pegue-a com os dois braços, abrindo as perninhas e colocando-a sempre a cavalo. • Não carregue peso na cabeça.
• Ao calçar sapatos, procure sentar ou ajoelhar ao invés de fletir o tronco.
• Procure usar sapato com 1-2 cm de salto mas não exagere pois isto ocasiona dificuldades de posicionamento e dores lombares. Evite também sapatos pontudos.
• Ao entrar e sair de veículos não torça as costas. Gire o quadril e as pernas para fora ao mesmo tempo.
• Quando ficar em pé ou caminhar, procure ficar ereto e olhando para a linha do horizonte. Ande com a musculatura abdominal contraída. • Se tiver que esperar em pé, procure se encostar em algum lugar: parede, poste etc.
• Fora do trabalho, em casa, evite fazer tarefas que apresentem o mesmo padrão de movimento daqueles feitos no trabalho. É importante fazer repouso: deite e levante as pernas dobradas e colocando almofadas embaixo delas.
• Faça exercícios de aquecimento ou com movimentos contrários daqueles que realiza no trabalho como importante forma de prevenção.
• Dedique um tempo durante a semana para a prática de exercícios físicos para não se tornar um sedentário. O melhor tipo é dentro da água: natação ou hidroginástica, mas procure orientação médica sobre qual atividade praticar. Dê preferência a alguma que goste.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Como são tratadas as doenças da coluna vertebral?

Para que seja realizado um tratamento eficaz é necessário um bom diagnóstico, pois há várias situações que podem levar a um mesmo quadro de dor. É importante lembrar que não há uma única forma de tratamento que será melhor para todos os tipos de dores na coluna. O controle da dor é uma parte importante.

Os medicamentos utilizados em geral incluem:

  • Analgésicos: diminuem a dor. Se usados de forma incorreta causam dependência, hábito ou abuso, tornando a resposta do medicamento ineficaz.
  • Anti-inflamatórios: bloqueiam a resposta inflamatória, diminuindo a dor causada pela inflamação; seu uso abusivo pode levar a problemas gástricos e renais.
  • Relaxantes musculares: bons para diminuir contraturas musculares que podem estar presentes nos quadros de dor.
  • Antidepressivos: indicados em alguns casos como analgésico e relaxante.

É importante saber que todos os medicamentos acima citados podem ter efeitos colaterais. Se ingeridos sem prescrição médica ou de forma incorreta podem prejudicar o corpo.

A cirurgia, quando corretamente indicada, é muito útil para o restabelecimento do paciente. A indicação para a cirurgia é realizada quando há uma alteração neurológica grave ou quando o paciente julga os sintomas insuportáveis apesar de um tratamento clínico bem realizado. A maioria das pessoas com dor na coluna não necessita de cirurgia.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Quais são os exames para diagnosticar as doenças que acometem a coluna vertebral?

Os exames laboratoriais podem ser importantes para a confirmação de doenças que acometem a coluna vertebral, mas variam conforme o caso. O mais importante é comparar o quadro clínico do paciente com achados radiológicos. Os exames não têm valor se não forem solicitados com critério. Alguns exames comumente solicitados:

  • RX SIMPLES: mostra as curvaturas da coluna, escorregamento de vértebras, artrose, fraturas, lesões infecciosas ou tumorais, doenças metabólicas etc.
  • TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: excelente para avaliar anatomia óssea da coluna. Confirma diagnóstico de hérnia discal e alteração óssea.
  • RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: bom método utilizado sobretudo para avaliar as partes moles da coluna.
  • MIELOGRAFIA: consiste na injeção de contraste na coluna através de uma agulha, seguido de radiografias. Apesar de invasivo, é indicado em alguns casos.
  • ELETRONEUROMIOGRAFIA: avalia lesões dos nervos através de sua condução elétrica, sendo necessário apenas em alguns casos.

O mais importante nas doenças da coluna vertebral é o quadro clínico do paciente, na maioria dos casos não é necessário nenhum tipo de exame.